Data: 10-04-2012
Criterio:
Avaliador: Massimo Giuseppe Bovini
Revisor: Tainan Messina
Analista(s) de Dados: CNCFlora
Analista(s) SIG:
Especialista(s):
Justificativa
Espécie com EOO de 80.851 km2. Ocorre do Estado de São Paulo até o sul do Brasil. É encontrada próxima ao litoral, locais bastante explorados comercialmente pelo homem. Ocorre em poucas Unidades de Conservação. Em futuro próximo pode ser enquadrada em uma categoria de ameaça.
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Pilea hilariana Wedd.;
Família: Urticaceae
Espécie descrita em Arch. Mus. Hist. Nat. 9: 210. 1856. Reconhecida pelas lâminas foliares geralmente ovais, glabras e inflorescências pedunculadas, com pedúnculo de até 5,5cm de comprimento (Gaglioti, 2011).
Ocorre nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Romaniuc Neto; Gaglioti, 2012).
Caracteriza-se por ervas perenes, dióicas, raramente monóicas, atingindo de 15-35cm de comprimento; coletada com flores de Novembro a Abril (Gaglioti, A.L., 2011).
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes
AMata Atlântica já perdeu mais de 93% de sua área (Myers et al., 2000) e menos de 100.000 km² de vegetação remanesce.Algumas áreas de endemismo, como Pernambuco, agora possuem menos de 5% de suafloresta original (Galindo-Leal & Câmara, 2003). Dez porcento da coberturaflorestal remanescente foi perdida entre 1989 e 2000 apenas, apesar deinvestimentos consideráveis em vigilância e proteção (A. Amarante, dados nãopublicados). Antes cobrindo áreas enormes, as florestas remanescentes foramreduzidas a vários arquipélagos de fragmentos florestais muito pequenos, bastanteseparados entre si (Gascon et al., 2000). As matas do nordeste já estavam emgrande parte devastadas (criação de gado e exploração de madeira mandada para aEuropa) no século XVI (Coimbra-Filho & Câmara, 1996). Dean (1996)identificou as causas imediatas da perda de habitat: a sobrexplotação dos recursosflorestais por populações humanas (madeira, frutos, lenha, caça) e a exploraçãoda terra para uso humano (pastos, agricultura e silvicultura). Subsídios dogoverno brasileiro aceleraram a expansão da agricultura e estimularam asuperprodução agrícola (açúcar, café e soja; Galindo-Leal et al., 2003; Young,2003). A derrubada de florestas foi especialmente severa nas últimas trêsdécadas; 11.650km2 de florestas foram perdidos nos últimos 15 anos (284 km² pordia; Fundação SOS Mata Atlântica & INPE, 2001; Hirota, 2003). Em adição àincessante perda de hábitat, as matas remanescentes continuam a ser degradadaspela extração de lenha, exploração madeireira ilegal, coleta de plantas eprodutos vegetais e invasão por espécies exóticas (Galetti & Fernandez,1998; Tabarelli et al., 2004) (Tabarelli, M. et al., 2005).
1.2.1.3 Sub-national level
Observações: Espécie considerada Vulnerável (VU) pela Lista vermelha da flora do Rio Grande do Sul (CONSEMA-RS, 2002).
4.4.3 Management
Observações: Espécie ocorre em Unidade de Conservação: Parque Nacional de São Joaquim, no estado de Santa Catarina (CNCFlora, 2012).
- ROMANIUC NETO, S.; GAGLIOTI, A.L. Pilea hilariana in Pilea (Urticaceae) in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB015063>.
- GAGLIOTI, A.L. Urticaceae Juss. no Estado de São Paulo, Brasil. Mestrado. : Instituto de Botânica da Secretaria do Meio Ambiente, 2011.
- TABARELLI, M.; PINTO, L.P.; SILVA, J.M.C.; ET AL. Desafios e oportunidades para a conservação da biodiversidade na Mata Atlântica brasileira., Megadiversidade, p.132-138, 2005.
- ROMANIUC NETO, S.; GAGLIOTI, A.L. Urticaceae. In: STEHMANN, J.R.; FORZZA, R.C.; SALINO, A. ET AL. Plantas da Floresta Atlântica. p.489-490, 2009.
CNCFlora. Pilea hilariana in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora.
Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Pilea hilariana
>. Acesso em .
Última edição por CNCFlora em 10/04/2012 - 14:32:25